quinta-feira, 7 de abril de 2011

Parametricismo é uma merda

"Eeeeitaaaa porra."


O que mais nos levamos daqui? A arte do encontro promovida pela massa pensante de arquitetos aspirantes que deveriam saber o que estão fazendo aqui. Passamos por uma era de transformação global de consciência, acabando de sair de um poço escuro e apertado que por sua vez resultou em um desencontro do ser. Com a produção em massa e com a absorção de tamanha energia o homem não soube evoluir a favor de seu bem maior, a natureza, afastando-se dela e recriando algo anti-natural porém funcional ao ser/individuo. Esse afastamento promoveu que a produção se tornasse algo sensato ao comum, ao funcional, ao quadrado, mas negando sua real natureza e produzindo utopias e tratados em meio ao caos aparente e visivel que em apenas alguns anos sentimos agora o funil que entramos.



Le Corbusier (e diversos outros que se fosse nomear a coisa ia fica chata) recria em base ao seus estudos sociais, espaciais, de forma e função, de beleza e proporção, a forma de pensar arquitetura e com sua conseqüência lógica do urbano; cultural, espacial, social e humano, ao ponto de conseguir absorver e abandonar novas formas de reorganizar o espaço provindas de leis naturais e leis humanas. Em seu livro "Mensagem aos estudantes de arquitetura" ele descreve de forma acadêmica seus ideais ate o presente momento criticando a escola da França e a crise mundial de transformação, em um trecho ele fala sobre algo até então estagnado na cultura ocidental discorre sobre o estudo e a importância da Tradição:

"O estudo da Tradição não fornece fórmulas mágicas capazes de resolver os problemas contemporâneos da arquitetura; ele dá informações muito precisas sobre as necessidades profundas e naturais dos homens, manifestadas em soluções experimentadas ao longo dos séculos. Ela nos mostra 'o homem nu' se vestindo, se cercando de instrumentos e de objetos, de quartos e de uma casa, satisfazendo razoavelmente o indispensável e se concedendo um supérfluo capaz de faze-lo sentir o gosto de abundância de bens materiais e espirituais. Yudo isso experimentado por gerações, regulado pelos séculos e dando a sensação de unidade e profunda harmonia com as leis do lugar e do clima.

"À locomotiva se apresentaram outras velocidades mecânicas. O mundo foi posto fora de si. Cem anos de tormentos e delícias, de aniquilamento e de libertação! Cabe a nós enxergar com clareza e encontrar a saída, descobrir no tumulto de acontecimentos que ultrapassam o controle humano a única escala capaz de romper com o exagero e, a partir daí, com a infelicidade.

"A tradição coloca em jogo a intenção poética, a intenção de acrescentar ao pé-na-tera o benefício da sencibilidade, a manifestação de um instante criativo. Folclore, flor das tradições. Flor...

"Por flor, queremos expressar o desabroxar, a irradiação da idéia motriz...

"A tradição é um objeto de estudo, e não de exploração."


Essa tradição reflete principalmente um ponto chave no pensamento e na comtemporaniedade da arquitetura: a falta da escala humana.
Após a quebra dessa Tradição o homem tem caido no caos de sua própria estrela, crescendo desordenadamente, sempre necessitando cada vez mais e mais da terra e se sufocando cada vez mais em seu ego cego, egoísta e virtual.


O ponto que quero chegar.
As cidades do novo mundo estão as crescer de forma cada vez mais perdida e desumana formando pontos extremamente organicistas mesmo com o vazia e a falta do elo natural; e quando falo natural me refiro apenas o direito a moradia digna e o direito de ir-e-vir do ser.
Mas o que vemos no patamar da arquitetura mundial é o crescente numero de arquitetos (com suas exceções e salvos por pensadores ainda ativos) que criam e recriam impactos socioambientais gigantes muitas vezes com suas obras virtualmente perfeitas e de renome mundial. Formas e estilos como Minimalismo, Pós-Modernismo e Neo-nada entre tantos outros que crescem como o tal do Parametricismo, a qual nada tenho contra ha não ser por ser, dentro de uma consciência evolutiva global, a mesma merda que já veem vindo a anos e anos afundando ainda mais as cidades humanas.

O impacto de um edifício, de uma obra, de um viaduto, estrada, de um palácio ou de qualquer obra de qualquer grande arquiteto famoso por ai não está colaborando a procura de um futuro mais humano; onde o verde e da tentativa de aproximação do homem ao natural é valida mesmo em seus pontos fúteis, mas como podemos nomear um estilo se a coisa funcionasse de modo a entender que o espaço é reflexo direto do meio pscico-social e ambos vivem em seu eterno equilibro e transformação na adaptação do meio e evolução espiritual poderia ser algo como Arquitetura Socioambiental e Urbanismo Pscico-espacial





...nada mais nada menos que Viver e sempre comer daquilo que é o Amor.

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