domingo, 5 de junho de 2011

Conclusões das ideias de Miguel Pereira na palestra de abertura do CAU- CTBA

Breve texto sobre arquitetura e o parâmetro geral que estamos enfrentando com a criação de um conselho próprio. Os arquitetos vão ter que passar por um processo e criação e inserção de uma cultura adormecida enfrentando problemáticas políticas, financeiras e educacionais em um sistema caótico que é o que vivemos atualmente no cenário brasileiro.



Conclusões das ideias de Miguel Pereira na palestra de abertura do CAU- CTBA


Modernidade = função quase incontestável, incontrolável. Modernidade é tradição. Sempre existirá. O fim e o começo. Quebra e construção. É o ciclo dado que pode ficar incontrolável se mal dominado. Onde devemos ser parte dele, harmonia dele, ver de dentro do olho e da ponta do furacão, para assim depois reordenar, analisar e entrar e reconstruir o ser social-físico perdido no vento errante.


(Escrito em base à palavras de Miguel Pereira, arquiteto da velha guarda da arquitetura brasileira, durante a abertura do CAU Curitiba)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Parametricismo é uma merda

"Eeeeitaaaa porra."


O que mais nos levamos daqui? A arte do encontro promovida pela massa pensante de arquitetos aspirantes que deveriam saber o que estão fazendo aqui. Passamos por uma era de transformação global de consciência, acabando de sair de um poço escuro e apertado que por sua vez resultou em um desencontro do ser. Com a produção em massa e com a absorção de tamanha energia o homem não soube evoluir a favor de seu bem maior, a natureza, afastando-se dela e recriando algo anti-natural porém funcional ao ser/individuo. Esse afastamento promoveu que a produção se tornasse algo sensato ao comum, ao funcional, ao quadrado, mas negando sua real natureza e produzindo utopias e tratados em meio ao caos aparente e visivel que em apenas alguns anos sentimos agora o funil que entramos.



Le Corbusier (e diversos outros que se fosse nomear a coisa ia fica chata) recria em base ao seus estudos sociais, espaciais, de forma e função, de beleza e proporção, a forma de pensar arquitetura e com sua conseqüência lógica do urbano; cultural, espacial, social e humano, ao ponto de conseguir absorver e abandonar novas formas de reorganizar o espaço provindas de leis naturais e leis humanas. Em seu livro "Mensagem aos estudantes de arquitetura" ele descreve de forma acadêmica seus ideais ate o presente momento criticando a escola da França e a crise mundial de transformação, em um trecho ele fala sobre algo até então estagnado na cultura ocidental discorre sobre o estudo e a importância da Tradição:

"O estudo da Tradição não fornece fórmulas mágicas capazes de resolver os problemas contemporâneos da arquitetura; ele dá informações muito precisas sobre as necessidades profundas e naturais dos homens, manifestadas em soluções experimentadas ao longo dos séculos. Ela nos mostra 'o homem nu' se vestindo, se cercando de instrumentos e de objetos, de quartos e de uma casa, satisfazendo razoavelmente o indispensável e se concedendo um supérfluo capaz de faze-lo sentir o gosto de abundância de bens materiais e espirituais. Yudo isso experimentado por gerações, regulado pelos séculos e dando a sensação de unidade e profunda harmonia com as leis do lugar e do clima.

"À locomotiva se apresentaram outras velocidades mecânicas. O mundo foi posto fora de si. Cem anos de tormentos e delícias, de aniquilamento e de libertação! Cabe a nós enxergar com clareza e encontrar a saída, descobrir no tumulto de acontecimentos que ultrapassam o controle humano a única escala capaz de romper com o exagero e, a partir daí, com a infelicidade.

"A tradição coloca em jogo a intenção poética, a intenção de acrescentar ao pé-na-tera o benefício da sencibilidade, a manifestação de um instante criativo. Folclore, flor das tradições. Flor...

"Por flor, queremos expressar o desabroxar, a irradiação da idéia motriz...

"A tradição é um objeto de estudo, e não de exploração."


Essa tradição reflete principalmente um ponto chave no pensamento e na comtemporaniedade da arquitetura: a falta da escala humana.
Após a quebra dessa Tradição o homem tem caido no caos de sua própria estrela, crescendo desordenadamente, sempre necessitando cada vez mais e mais da terra e se sufocando cada vez mais em seu ego cego, egoísta e virtual.


O ponto que quero chegar.
As cidades do novo mundo estão as crescer de forma cada vez mais perdida e desumana formando pontos extremamente organicistas mesmo com o vazia e a falta do elo natural; e quando falo natural me refiro apenas o direito a moradia digna e o direito de ir-e-vir do ser.
Mas o que vemos no patamar da arquitetura mundial é o crescente numero de arquitetos (com suas exceções e salvos por pensadores ainda ativos) que criam e recriam impactos socioambientais gigantes muitas vezes com suas obras virtualmente perfeitas e de renome mundial. Formas e estilos como Minimalismo, Pós-Modernismo e Neo-nada entre tantos outros que crescem como o tal do Parametricismo, a qual nada tenho contra ha não ser por ser, dentro de uma consciência evolutiva global, a mesma merda que já veem vindo a anos e anos afundando ainda mais as cidades humanas.

O impacto de um edifício, de uma obra, de um viaduto, estrada, de um palácio ou de qualquer obra de qualquer grande arquiteto famoso por ai não está colaborando a procura de um futuro mais humano; onde o verde e da tentativa de aproximação do homem ao natural é valida mesmo em seus pontos fúteis, mas como podemos nomear um estilo se a coisa funcionasse de modo a entender que o espaço é reflexo direto do meio pscico-social e ambos vivem em seu eterno equilibro e transformação na adaptação do meio e evolução espiritual poderia ser algo como Arquitetura Socioambiental e Urbanismo Pscico-espacial





...nada mais nada menos que Viver e sempre comer daquilo que é o Amor.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

23:58

Fazem 3 meses?
Quando o tempo faz.

Visitando mundo dentro de nós mesmos
Venerando as maravilhas de um mistério não tão distante assim.
Em qual razão é o nosso viver?
...senão o doce penar de nossa existência evolutiva.

O espaço.
E o que corre entre ele.
É o elo cósmico.
O amor.
A energia pulsante dentro de cada micro célula ou pedaço de céu estrelado.

Presos entre o corpo e a razão, como porta de entrada
A áurea brilha em todos os seres.
E não seria de mal conectarmos a fonte dia a dia.
O equilíbrio constante.
A mente sempre focada.
O corpo sempre em bem-estar.
A alma plena.
A evolução do ser.

A coisas a serem descobertas
A coisas a serem entendidas
A coisas a serem ordenadas e postas em lugar
Mas à ainda muito mais coisas a quais não se preocupar e apenas buscar amar a tudo aquilo que você sabe que também ama.

Muito mais simples que possa ser.
A percepção e a quebra de seus muros depende unicamente de você
Na sua solidão nunca só
Na sua não acomodação em espaços e pessoas
Na busca por suas próprias vontade e desejos

Ao eterno.
Ele sempre esteve aqui.


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Esse post não era nada daquilo que estou planejando escrever já a 3 meses, desde que fui a Brasília. Acabou por saindo alguma coisas que ainda também não me dei muita conta do que pode vir a significar, mas pode ser que seja apenas uma conclusão de 2010, ano tão estranhamente bom de transição.
Ainda escreverei o que tenho a escrever. Preciso treinar minha mente e focar naquilo tudo que desejo e sonho pois nossa capacidade apenas aparece quando nos vemos realizado e temos poder para sonhar ainda mais desejos.
Falar sobre o espaço, sobre as relações sociais e o cunho biologico envolto nela, focar na arquitetura de um universo pessoal, nas distancias mentais ate a evolução do ser pleno, busca pelo equilíbrio.

A todo, que venha 2014.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Sobre algo...

sobrepondo
sobre isso
sobre aquilo

sobremesa
sobre a vida
sob a ida



subsolo
sobre nada
sob tudo




sobre sob
sob sobre
bos erbos



erbos bos

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ao som do mar e à luz do céu profundo




Dia 22 de setembro. Dia mundial sem carro.

Cada dia que passa vejo mais e mais bicicletas andando pelas ruas (ou talvez seja apenas meu olhar mais apurado a procura de algo que foi perdido), e mais e mais pessoas de todas partes em todos os lugares se movimentando e se locomovendo, e mais e mais propagandas dos malditos números e rostos entalado em algo que poderia servir a inúmeras coisas que não isso...



Tenho pensado muito sobre alguns assuntos referentes ao uso do espaço físico (seja ele público ou não, privado ou não), ao futuro de nossos espaços e direitos semi-naturais da existência - visto a quantidade de falta de qualidade de nosso candidatos à coisas que nem sabemos e nem procuramos entender o porque existem.




Realmente parece que ninguém está nem ai para essas eleições, que a copa foi algo mais
importante e sedia-la aqui no Brasil em 2014 vai ser mais importante do que definir quem será nosso governantes em suas mais variáveis escalas democráticas nos próximos 4 anos. Onde estão as bandeiras brasileiras penduradas, pintadas, balançando, dançando, que vimos alguns meses atrás? Provavelmente guardadas para receber novamente o cheiro de mofo, assim como nosso titulo eleitoral vai ser guardado daqui a uns dias.



Mas será que de certa forma esse descaso com um futuro próximo não seja uma conseqüência de um pensamento subconsciente da falta de proximidade e de escalas com as causas da sociedade em questão, onde na realidade o pensamento de uma nação se forma em prol de algo longínquo que roda dentro de uma economia global perdendo a forma da unidade física-sustentável local e da sociedade que teoricamente faz a roda girar, destruindo assim os laços físicos e criando no imaginário mental da massa falsas ideologias e metas a serem alcançados com todo o esforço, por vezes virtual, de seu suor não tão suado assim?

Acompanhei de leve esse mês de setembro as ações coletivas relacionadas a bicicleta na cidade de Curitiba, e quinta e segunda passadas fui em palestras sobre mobilidade urbana. Foi bom ver que pessoas interessadas e influentes estão se preocupando com isso e fazendo algo para que algo mude. Fiquei um tanto quanto chateado ao ver as salas praticamente vazias - com cerca de 10 ou 15 pessoas incluindo os próprios palestrastes e organizadores - ainda mais depois de saber que a marcha das 1001 bikes teve mais de 500 pessoas!!
Não sei se isso é um problema local/cultural de falta de divulgação mesclada com falta de interesse, sei apenas que ver tantas cabeças pensando na mesma coisa e se desentendendo só pode ser que algo está errado e confuso por ai.


Vou colocar um trecho de um livro que recomendo a todos que estudam arquitetura e urbanismo, direito, sociologia, antropologia, política, biologia e aos demais curiosos. Trata-se de um livro sobre lições básicas da arquitetura e de como sair da forma pré-estabelecida que nós é implantada na academia.
(Cada um sabe seu caminho e por onde está passando, mas todos sabem que para estagnar é cômodo e fácil)

Lições sobre arquitetura - pág 46

"Estes exemplos servem para ilustrar como as melhores intenções podem levar a desilusão e a indiferença. As coisas começam a dar errado quando as escolas se tornam grandes demais, quando a conservação e a administração de uma área comunitária não podem mais ser entregues àqueles que estão diretamente envolvidos e se torna necessária uma organização especial, com sua equipe especializada, com interesses e preocupações próprios quanto a sua continuidade e, possivelmente, a sua expansão. Quando se atinge o ponto em que a principal preocupação de uma organização é assegurar a continuidade de sua existência – independente dos objetos para as quais foi criada, ou seja, fazer pelos outros o que não se pode esperar que eles mesmos façam – neste momento a burocracia assume o controle. As regras pela qual os habitantes da cidade se tornam uma camisa-de-força de regulamentos. O sentido de responsabilidade pessoal perde-se numa burocracia sufocante de responsabilidade para com superiores. Embora não exista nada de errado com as intenções do elo individual nesta interminável cadeia de interdependências, elas se tornam virtualmente irrelevantes porque estão demasiado afastadas daqueles em cujo beneficio todo o sistema foi (criado) inventado. A razão pela qual os habitantes da cidade se tornam estranhos em seu próprio ambiente de vida é porque o potencial da iniciativa coletiva foi grosseiramente superestimado ou porque a participação e o envolvimento foram subestimados. Os moradores de uma casa não estão de fato preocupados com o espaço de fora de seus lares, mas também não podem ignorá-lo. Esta oposição conduz à alienação diante de seu ambiente e – na medida em que suas relações com os outros são influenciadas por ele – conduz também à alienação diante dos moradores vizinhos.

"O crescimento do nível de controle imposto de cima para baixo está tornando o mundo à nossa volta cada vez mais inexorável: e isso abre caminho para a agressividade que, por sua vez, conduz a um enrijecimento ainda maior da teia de regulamentos. O resultado é um circulo vicioso, a falta de comprometimento e o medo exagerado do caos alimentando-se mutuamente. A incrível destruição da propriedade pública, destruição que esta aumentando nas principais cidades do mundo, pode ser provavelmente imputada à alienação diante do ambiente de vida. O fato de que os abrigos de transporte público e os telefones públicos venham sendo, semana após semana, completamente destruídos é na verdade uma alarmante acusação à nossa sociedade como um todo. Quase tão alarmante, no entanto, é que essa tendência – e sua escala – é enfrentada como se fosse um mero problema de organização: por meio do expediente de reparos periódicos, como se tudo não passasse de uma questão rotineira de manutenção, e da aplicação de reforços-extras (“a prova de vândalos”). Desta maneira, s situação parece estar sendo aceita como “apenas mais uma dessas coisas”. Todo o sistema repressivo da ordem estabelecida é gerado para evitar conflitos, para proteger os membros individuais da comunidade das incursões de outros membros individuais da comunidade, sem o envolvimento direto doa mesma comunidade, sem o envolvimento direto dos indivíduos em questão. Isso explica por que há um medo profundo da desordem, do caos e do inesperado, e por que os regulamentos impessoais, “objetivos”, são sempre preferidos ao envolvimento pessoal. É como se tudo devesse ser regulamento e quantificável, de modo que permitisse um controle total e criasse as condições para o sistema repressivo da ordem nos torne locatários em vez de co-propietários, subordinados em vez de participantes. Assim, o próprio sistema cria a alienação e, embora afirme representar o povo, na verdade impede o desenvolvimento de condições que poderiam resultar num ambiente mais hospitaleiro."



Paro por aqui, e agradeço aos que tiveram paciência e inteligência de ler o texto, deixando um breve pensamento meu sobre o que andamos vivendo na contemporâniedade.

Vivemos em meu a um caos e a uma falta de humanização generalizada onde os meios que diminuem distancias afastam e recriam o natural de maneira não cíclica, cabendo a nós tentar aos poucos mudar isso recriando o senso de comunidade e sociedade física e mental com proximidade física sem deixar de criar laços com as distancias culturais, sem deixar de levar suas sementes para longe, mas sempre voltando e trabalhando e circulando e vivendo e se divertindo próximo a sua base, seu lar...seu tronco.

Unidade físicas de casas-cidade onde tudo funciona em pról de si e do próximo.




Parece complicado e utópico, mas quem sabe não devêssemos virar árvores?
Eu não sei.


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Transgressão Física






Todos os seres nascem (surgem, são criados, evoluem) em equilíbrio; a natureza física e biológica e química tente a se equilibrar dentro do conforto de um espaço... e quando algo chega ou interfere em sua camada talvez seja quando as coisas querem cair também por fazer parte de seu ciclo e que de repente fazem sentir um novo físico e um novo espaço.




Cair é bom.
Folhas quando caem, caem para voltar a terra e nutri-la novamente.











Estive (e estou) numa fase estranha onde coisas estranhas acontecem e aconteceram.
Chamam isso de inferno astral, mas ontem, as 8h20 foi apenas um horário que algo aconteceu a 22 anos atrás...de uma criação e de um amor unidos e de partículas que se unem e se estabilizam...

Mas o tempo é diferente e sei que fiz 22 anos a umas duas semanas antes de ontem.
De repente as coisas crescem, o peixe não suporta mais um aquário, ele morre.
De repente flutuamos entre o chão e o por-do-sol e sentimos uma brisa gelada em um horário que ela não existia.




Quem mora em Curitiba sabe que esse frio que tem feito fazia pelo menos uns 5 anos que não aparecia, e não sei se eu, você, ou alguém esta estranho, mas tenho sentido mais frio que normalmente.
Algumas coisas se arrumaram meio que bem e se estabilizaram
Mas me perdi, não soube me ajeitar e organizar as coisas físicas
De repente me senti tão bem e longe, voando por pensamentos e vontades e sonhos e idealizações.
E coisas aconteceram dos dois lados, e lá no fundo estou bem...
Mas somos todos um pilar de equilíbrio...e algo acontece, o caos aconteceu, o shinigami fala comigo e eu preciso ouvir ele.









E o frio veem e viagens nem sempre são como queremos
Mas mesmo assim as coisas explodem e nos sentimos plenos nem que em poucos momentos onde o tempo para










Minhas fotografias não soam mais como poesias.
Por um tempo minhas melodias não expressavam minha melancolia.
Meu traço se perdeu e minha criatividade se esvaiu sem perceber.
Fui ao infinito mas algo fico preso e seco no meio do caminho...

...algo que me prende em mim mesmo?





Agora estou aqui, depois de passar por um turbilhão, ainda não sei se o ciclo fechou...sei apenas que senti algo que fazia tempo que não percebia a minha volta.
As vezes algo nos fecha para podermos nos equilibrar.
As vezes é apenas nos mesmo num reflexo de sombra
Pensei que isso me traria uma transgressão espiritual, que me faria crescer e subir mais, sempre achei isso.





E por um tempo curto de espaço e tempo pensei nisso.....



Me dei conta que era uma transgressão física, e flutuei e cavalguei e enxerguei...
"e toda dor será prazer...
E todo orgulho esconderá que me mato em você."
E matar e morrer
E ir e vir
Flutuar e cair
E algo se ilumina ao ver as assas que você viu em mim....




"Toda dor será prazer"



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Obrigado por todos os parabéns que me deram ontem.
Ontem foi um dia triste, mas consegui me libertar depois de um tempo.
Obrigado por tudo e por todos que amo, principalmente a ela,
ela, que quer tanto meu bem e talvez tenha me ensinado tudo que preciso para estar aqui...e por mim daria sua grande chama que queima em seu peito para iluminar meu caminho



Parabéns? Paravida =]

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Eu não sei dizer mais





Eu não sei dizer mais

Colocar no papel palavras e sentimentos

E isso não sai

Quis tentar me expressar com esse tolo sentimento que me toma

Tão estúpido da minha parte ser


E quando todos tiverem ido embora

Você vai ver que estiveram ali

Embora não sejam mais os mesmo

Ainda são os mesmo


Entre a dor e a tolice

A loucura e os sonhos

É ai que ainda permanecemos?

Para que tentar gritar assim se eu estou aqui para ouvir

Para que não dizer aquilo que todos já sabem

Para que você se afundou tão só mostrando querer levar a todos


O que é a solidão e o egoísmo?

Qual a diferença entre o ciúme e a posição?

Porque simplesmente você não para no tempo, na fração de um segundo

E vê o que é realmente belo e segue seu caminho mais uma vez em paz?


Sai daqui de uma vez por todas

Ou abra as portas da sua mente para ver

O que ninguém deve entender

Estique os braços cansados e sozinhos

E deixe-se levar com o vento

Que ele vai te mostrar o que ninguém entende


Ou mesmo o sorriso canalha que lhe faz melhor

Ou mesmo um pedaço do céu azul

Ou uma pincelada do arco íris com gosto de mel


O que eles querem afinal de nos?

O que eles pensam que podem fazer?

O que eles esperam no final?


O mesmo perfume doce de um pôr-do-sol

O mesmo abraço apertado com ternura

O mesmo espaço vazio inexistente


É isso

É tudo isso

Que deve ver e sentir

Mesmo cego, mesmo sem força

Mesmo estando sozinho ou longe


Ao infinito

Ele sempre esteve aqui



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Coisa antiga, talvez sem um propósito tão grande

Achei hoje, olhando uns e-mails antigos

As vezes algumas coisas podem vir a calhar

Cicatrizes profundas doem em dias frios...


Mas nem sempre o gelado faz doer